quarta-feira, 24 de julho de 2019

I O BURACO


As histórias narradas a seguir são marcadas por vários acontecimentos em minha vida e ainda se segue, para que o leitor possa compreender melhor fiz tudo detalhadamente.

O que aprendi com tudo isso? É que nada nos acontecem por um acaso, tudo na vida já está premeditado. Buscarei com forças e fé para encontrar as respostas. Jamais desistirei!
Sei que estou passando por uma provação e no fim tudo sairá bem.
Existem pessoas que quando o Sol bate seu brilho esplandece porem, quando o Sol se esconde esse mesmo brilho se apaga ficando na mais absoluta escuridão. Mas existem pessoas que mesmo sem a luz do Sol, continuam brilhando, pois, seu brilho vem de dentro e ninguém consegue apagar. Quero dizer que você deve começar a aceitar os seus defeitos e descobrirá algumas das suas muitas qualidades, comece aceitando seus erros e buscando acerta-los.   Acenda sua luz interior.
Sabe, na minha adolescência tinha tanta espinhas no rosto que parecia mais um ralo. Eu ficava espremendo-as, minha cara ficava toda pitadinha e quando olhava no espelho começava a achar que nenhuma moça iria querer namorar comigo sem contar que sempre tive um narigão e umas bochechas enormes. Muitas vezes procurava algo bom em mim e não encontrava não tinha nada de especial em uma criança que usava roupas velhas doadas para poder ir à escola. Usava uma blusa que a manga batia em meu antebraço, parecia com um vestido. Um dos meus maiores sonhos era possuir um caderno de capa dura com adesivos e tudo. Meu primeiro cadernos de capa dura foi um que tinha pertencido à tia Chica um ano antes. Era um caderno de vinte matérias que arranquei todas as folhas que ela já havia usada deixando as que ainda poderia ser aproveitadas, ficando o caderno no fim tão fino como um de duas matérias. Fiquei todo contente e orgulhoso “agora tenho meu caderno de capa dura!” pensei.
Comecei a aceitar as coisas do jeito que era e, por muitas vezes pensava o quanto Deus estava sendo injusto comigo. Quando perguntava a minha mãe por que Deus permitia que essas coisas nos acontecessem? Falando que alguns colegas zoavam comigo na escola por conta das roupas velhas e dos cadernos usados que eu aproveitava. Ela dizia não era para me preocupar que para tudo Deus tem um propósito e que eu tinha um bom coração e o mais importava era ter um bom coração, não mexer nas coisas dos outros, não me envolver com drogas e acreditar que um dia tudo isso ira mudar. Minha autoestima voltava, mas, bastavam alguns dos meus colegas na escola dizerem-me novamente qualquer bobagem que me via novamente com a cara ao chão.

CONFUSÃO NA FAMÍLIA

Quando criança meu padrasto uma vez chegou bêbado em casa, começou a discutir com a minha mãe por uma coisa tão boba que mal consigo lembrar o motivo daquela briga. Mas uma coisa ficou para sempre marcado na minha memória e no rosto da minha mãe, sei que para uma criança da minha idade naquela época foi algo horrível, ele deu um soco tão forte no meio do rosto dela, ela caiu para trás e se espatifou no chão, ele aproveitando da situação caiu por cima e socava-a sem parar, distribuía socos e pontapés. Fiquei no canto da porta chorando e gritando para não fazer aquilo com ela. De nada adiantava, continuava a esmurrar a minha mãe, meu irmão João era o xodó dele então quando João pediu para parar, ele então, todo eufórico olhando para nós chorando e minha mãe sagrando caída no chão, cessou dando tempo necessário para ela sair correndo e eu correndo atrás dela feito um louco, logo atrás minha meu irmão também. Sentamos a beira do morro. Minha mãe chorava abraçada com nos dois e a gente ficava olhando para nossa mãe perdendo tanto sangue e seu olho roxo quase fechado. Uma onda terror invadia meu interior.
Eu chorava de tanto ódio ao ver o sangue se escorrendo pelo rosto da minha mãe, as feridas em seus braços e o roxo ao redor dos seus olhos. Queria ser grande o bastante para poder matar aquele homem, falo sério! Eu queria mesmo pode matá-lo. Queria fazer com ele algo provavelmente pior. Tinha noite que eu mal dormia pensando em uma maneira de como matá-lo.
Isso se repetia toda vez que ele bebia, por qualquer bobagem batia em mim penso que ele sentia prazer ao fazer isso. Teve uma vez que dormi na aula de português e ele ficou sabendo. Bateu em mim tanto que as marcas ficaram por todo meu corpo cerca de uns três a quatro dias. Eu não podia sair para brincar de bolinhas de gudes nem jogar futebol com os meus colegas que era chegar em casa e levava uma bela sura com bainha de facão, murros e pontapés. Ele escondia as comidas para eu e meu irmão não pegar, nossa vida não era nada fácil.
Minha mãe sempre foi uma mulher guerreira e batalhadora, passou a maior parte da sua vida dedicada à família, não tinha preguiça para fazer nada. Gostava muito e ir para o mato pescar, arrancar lenha para vender. Trabalhava em casa de família e lavava roupas de ganho fazia de tudo para não nos deixar passar mais fome e mesmo assim ainda passávamos.
Teve um dia em que sentir tristeza tão grande, quando minha mãe estava sentada na cama chorando. Sentei ao lado dela coloquei meu braço em seu ombro e perguntei o que estava acontecendo, ela cabisbaixa com a mão no rosto respondeu-me: “Batixo (Valter Pereira do Santo- nosso Padrasto) esta bebendo. E não temos nada para comer!”
Sentir um bolo seco descendo em minha garganta feito uma navalha, cortando tudo por dentro, neste dia nem lagrimas caíram dos meus olhos. Sair andando sem destino ate chegar à beira de um morro, logo ali na minha frente esta uma solução. Dava uns treze a quinze metros se me jogasse dali com certeza morreria, então deixaria de ser um problema para minha família, sei que minha mãe suportava tudo isso por conta de nós, seus filhos pequenos, assim também ira parar de apanhar tanto, não estava aguentando mais. Era tudo revoltante, uma dor tão grande, um carma em minha “vidinha” não queria mais viver!
Não aguentava mais ver a minha mãe sendo humilhada, jogada no chão e sendo esmurrada por aquele bêbado nojento. Decididamente não queria mais viver e ainda tinha aquela voz dentro de minha cabeça que dizia ser a coisa certa a fazer, se jogar dali. Não tinha noção da existência de Deus em minha vida, mas tenho certeza hoje que a outra voz em mim que dizia para não pular era Ele. Dizia que minha mãe precisava muito de mim e se eu morresse quem iria defendê-la do meu padrasto. Dizia quantas coisas eu poderia fazer sendo o mais velho, se eu morresse ali quem iria matá-lo?
Sentei na beira daquele morro e chorei olhando o cemitério da Piedade logo ali em baixo, quantas pessoas haveria enterradas naquele local? As maiorias delas certamente não queriam esta ali, fariam qualquer coisa para estarem em meu lugar agora. Foi quando pensei: “se eu morrer ele ira continuar batendo em minha mãe e no meu irmãozinho do mesmo jeito”, e “depois que ira vingar tudo?” Ficando vivo assim que crescesse poderia descontar tintim por tintim – Felizmente esse dia jamais chegou, vão ver mais afrente que hoje sou até grato por tudo que passei e na pessoa que acabei me tornando. Daquele dia em diante sempre que acontecia qualquer coisa da qual ficasse triste corria até aquele morro para pensar um pouco antes de tomar qualquer atitude.
Teve um dia que ele bateu em nossa mãe e ainda nos pós para fora de casa, ficamos chorando por mais tempo que o “normal”, além do mais estávamos com fome e frio, lembro-me que dona Ana nossa vizinha, um senhora evangélica nos pegou e levou para dormir em sua casa, na casa dela tinha apenas dois cômodos: uma sala onde ficava a cama dela e uma divisão que era a cozinha. Naquele dia ela nos deu café com pão o que era para nós uma refeição rara, pois, o nosso café quando tínhamos era com farinha dentro. Jogou uma esteira ali próxima à cama dela, cobriu com alguns panos e no mandou dormirem ali naquela noite até tudo se acalmar. No outro dia minha mãe com nosso padrasto se resolviam e a gente voltava para casa, não entendia naquela época por que ela se sujeitava a tudo isso. Agora sei que era por nossa causa, minha e de João.


NA ESCOLA

O melhor lugar do mundo para mim era quando estava na escola esquecia-se de todos os problemas que ao voltar poderia enfrentar em casa. Uma alegria imensamente invadia meu ser, enchia meu rosto bochechudo de um vermelho maravilhoso inexplicável, elevava meu eco, esquecia-me que pela manha não havia tomado café por que em casa não tinha ou havia tomado com farrinha, naquele momento nada importava. Brincava com meus colegas. Era uma criança como as outras.
Aprendi com o passar do tempo que existem pessoas tentando apagar o nosso brilho.  Mas que eu deveria ser como o sol, e mesmo quando algumas as nuvens aparecessem em minha frente tentando apagar o meu brilho. Eu deveria continuar brilhando!
As segundas feiras era um dos meus dias mais favoritos, acorda as cinco da manha, pegava a pesada carroça de madeira de Martinho Garrote empresta e saia para carregar as barracas dos camelôs e ajuda-los a montar, as aulas começavam as oitos horas e às dez nos liberavam após a merenda ser servida. Corria para casa e pegava meu carrinho emprestado e ia carregar feira para alguns fregueses que havia conquistado. Uma vez um amigo meu, Agilson estava em cima de um caminhão pegando a bagagem para encher os nossos carrinhos, e quando ele foi descer, pisou errado e caiu batendo a cabeça no chão, o que sangrou bastante.
Com este dinheiro que ganhava na feira comprava alguns alimentos para casa e sempre no final de feira muitos ambulantes nos deixavam escolher algumas verduras para levar para casa, o que eu também dividia com Martinho, ele tinha muitos filhos, acho que uns onze e a esposa dele dona Nelza (In memória), já peguei muita lenha com ela e também já pescamos muito de rede.
A primeira camisa nova que conseguir comprei com meu próprio dinheiro, até hoje lembro, uma blusa banca com a imagem de Baby da família dinossauro estampada no peito, fui para casa todo contente, vale lembrar que todos meus matérias de escolar foram comprados também com o dinheiro ganhando trabalhando na feira.
A humildade é a chave para o sucesso de qualquer pessoa, seja sempre humilde, trabalhador e acima de tudo honesto, nunca queria nada que não seja seu, se aproveitar do trabalho do outro não é legal, seja digno e quando chegar ao topo, mantenha sempre firme em suas raízes. Teu passado pode ter sido do de um jeito que você não queria, mas teu futuro pode e certamente será melhor. Só depende de suas escolhas.



domingo, 21 de julho de 2019

Saindo do Buraco


"O texto é de um conteúdo muito incentivador. Diria que auxilia positivamente em horas difíceis ou mesmo em instantes de dúvidas, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Abrir este particular de sua vida ilustrando o quão doloroso é o processo de fazer escolhas e que isso acontece o tempo todo, pode dar incentivos a outras vidas para seguir adiante quando estiverem na prova de obstáculos. Não se trata de autoajuda, mas de conselhos vivenciados e de engajamento literário."

FÁBIO DEOGENES - Escritor

Faz mais de seis anos que deixei esse projeto de lado, não me via apto a continuar, esse é um daqueles projetos ousados, comecei-o em 2013 sempre acreditando o quanto seria desafiador, mas, sempre acreditando que seria capaz de conclui-lo algum dia, foi quando percebi que isso estava muito além, que não era para mim. Escrever um livro não é fácil coisa nenhuma! E definitivamente isso não é para mim. Então deixei tudo de lado e segui o curso da vida. Hoje sou casado, tenho uma esposa linda e maravilhosa que vez ou outra reclama o porque que eu não escrevia mais poemas, pois quando nos conhecemos havia lançado meu primeiro livro, um livro de poemas com o titulo: “Remorso Infernal” e antes de nos casarmos lancei o segundo livro, “Atalho Para o Coração”, também de poemas. Recebia com muito carinho as cobranças do meu amigo escritor e poeta Emílio Carlos Ribeiro Tapioca, hoje secretário de Cultura do município, mas eu não queria apenas ser poeta, queria algo mais, algo mais impactante que tocasse com força os corações das pessoas e de qualquer um que o lesse. Quero deixar claro de antemão que não se trata de um livro de autoajuda, mas de um incentivo, um forte empurrão para seguir sempre em frente.
Foi no mês de Julho de 2019 que conheci uma obra que renovou as minhas forças e me fez retomar esse projeto, o livro “Pegue a Visão” de um rapaz chamado Rick Chesther um vendedor de água em Copacabana que dá um upgrade e ver a sua vida sendo transformada, como ele mesmo diz, começou a “colher os frutos dos quais havia plantado”. Eu também plantei algumas coisas boas durante a minha trajetória e também estava colhendo e por ventura estava muito feliz até ler o livro do Rick e perceber que eu poderia ir mais além, muito mais longe ainda, foi então que retomei esse projeto.
Já passei por muitas provações nessa vida, no ano de 2010 cheguei ao ápice do topo do sofrimento, ou melhor ao fundo do poço do sofrimento que havia começado lá em primeiro de janeiro de 1994 quando perdi minha mãe na luta conta o câncer. No ano de 2010 muitas coisas aconteceram, meu irmão mais novo, João, estava defecando sangue e todos os exames que ele fazia não dava em nada, era muito ruim ver meu irmão naquele estado, nessa época morávamos juntos em uma casinha que havíamos alugado - ele namorava Jaciara - hoje eles estão casados e eu com Bianca minha esposa. Contudo, aos finais de semana eu costumava ir para rua, sair com os amigos e beber bastante (para honra e gloria de Cristo Jesus, hoje sou cristão) e neste mesmo ano João foi diagnosticado com grave problema renal, os rins dele havia parado de funcionar, era necessário ele fazer hemodiálise e posteriormente cirurgia de transplante - falarei sobre isso depois. Pois bem como eu havia dito, no dia dezenove de julho no final de noite voltado de Nova Redenção para casa em Andaraí, sofri um grave acidente automobilístico, fui para no Hospital Regional do Estado - HGE, o carro em que vínhamos de uma farra com os "amigos" capotou por longo percurso e entre os envolvidos fui o que saiu mais machucado. Minha cabeça partiu, meu couro cabeludo cai sobre meu rosto, sentir quando levei a mão passando-a no machucado, perdi muito sangue, sentia um frio intenso. Minha tia Chica (in memória) vinha no carro da assistencial social e como um anjo da guarda enviado por Deus jogou sobre meu corpo imóvel no chão caído um cobertor e ficou ali do meu lado chorando e me encorajando dizendo que tudo acabaria bem. 
Lembro-me que dei meu celular para ela e pedir que ligasse para Bianca e avisasse que eu estava bem. Lembro que alguns minutos depois Fabiano de dona Zélia, Mike e Ney Bike veio nos socorrer. Fui colocado no carro de Fabiano e levado para o hospital de Andaraí, onde me deram os primeiros atendimentos. Fabiano vinha toda a estrada conversando comigo para eu não dormi, teve um momento que ate me chateei com ele. 
Assim que chegamos já fui logo sendo atendido e pouco tempo depois, visto a gravidade, fui encaminhado para Salvador, onde fiz alguns exames e minha cabeça foi suturada, desde acidente e ate aquele momento passei acordado, minha madrasta Maria foi comigo (historia que contarei mais a frente).
Cheguemos na capital baiana ainda na madrugada, onde fui levado direto para mesa de cirurgia em seguida me aplicaram alguns injeções e fui apagando, porém, ainda assim ouvia ou médios, enfermeiros e estagiários conversando e tirando pedaços de vidros e de metais do carro da minha cabeça, "olha o carro era preto, veja isso!". Após a cirurgia, logo em seguida recebi alta e fui mandando para casa, com o rosto todo desfigurado por conta dos inchaços. Após esse acidente alguma coisa boa tinha que acontecer e uma dela foi que Bianca, mesmo estando há pouco tempo namorando comigo, ela ficou do meu lado, meus irmão, ficaram todos do meu lado, João, Lucas e Ney o nosso irmão mais velho junto com sua esposa Ana Lúcia (Nuy) me levaram para casa deles e ficaram cuidando de mim, outra coisa que acabei descobrindo, meus “amigos” se afastaram todos, exceto alguns, Ronald (in memoria), Jailton Ângelo, todos da família Carvalho Silva e todos aqueles "amigos" de farra se afastaram por completo.
Como tudo não são flores, passando algum tempo meu pai caiu e quase por pouco não fraturou o fêmur. Com o passar do tempo e com as feridas cicatrizando eu ainda me via tirando algum pedaço de vidro do meu corpo, ainda hoje tenho um preso na minha cabeça como lembrança dessa época. Porem, a maior dor que sentir foi quando vi meu irmão chegar com um tubo branco envolvido com esparadrapo no pescoço o que com o tempo descobrir que se tratava de um catete, corri ainda tonto por conta da pancada que havia levado na cabeça no acidente e abracei meu irmão, a gente chorou muito ali abraçados e eu sentir muito medo de perder meu irmão naquele momento. Contarei depois tudo com mais detalhes.  
As antes quero te dizer o quão longe você também pode chegar, tenha fé e seja paciente nunca faça das pessoas na sua vida degraus, respeite-as e acima de tudo seja perseverante e continue sua caminhada e se cair e todos os seus planos derem errados  não se frustre, levante bate a poeira e não tenha medo de recomeçar e lembre-se se errar, aceite que o erro foi seu e não acuse o outro por um erro que foi você quem cometeu, assim, como se você acertar o mérito do acerto é seu, eu sei da sua capacidade e quanto você irá longe, apenas seja paciente e mantenha sempre o foco e a fé em Deus. Não desvie do caminho da fé jamais e o mais importante de tudo. Quando chegar ao topo não se esqueça da sua origem, de onde você saiu, nunca se esqueça da suas origens!


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Capítulo I

Após quase 2 anos sem postar, hoje resolvi por o Capitulo I do meu mais novo trabalho. Aguardo os comentário.
Um forte abraço do seu amigo, José Leopoldo

Capítulo I

A caçada, o leão, o desespero e o couro do cervo. Pai e tios ajudem-me.


Meu intuito era escreve um livro, criando as estórias com total veracidade, mas as palavras faltavam no meu curto vocabulário, foi ai então que conheci seu Astróncio que gosta de ser chamado carinhosamente de Capital Astróncio Olho de Vidro. Tal acunha ganhou de seus amigos devido um acidente que sofrerá na flor da juventude quando saiu em uma caçada com seu pai e mais dois tios. Capital Astróncio Olho de Vidro que ainda não era assim conhecido acabou se perdendo da turma floresta adentro, bem acho melhor deixar ele mesmo contar para você as peripécias vivenciadas por ele, assim não esquece os detalhes aos quais lhe peço que tenha bastante atenção.
“Pronto, deixa comigo, embaixo de uma enorme sobra de uma samaúna com quase 500 anos, estava eu abobalhado com a imensidão daquela arvore, olhando para cima de tal maneira que meu pescoço doía, levei a mãos atrás de minha cabeça cruzando-as por entre os dedos, buscando uma forma de relaxar, foi quando percebi que os demais companheiros de caçada não estavam ali, não vou menti senti certo medo que demorou menos que um minuto. Sentei à sombra, ao levantar a cabeça avistei um enorme leão, daí então o desespero se apoderou de mim, aquele enorme animal vindo velozmente em minha direção, na minha espingarda um único tiro, não poderia erra, minhas pernas tremia, minha alma se pudesse sairia correndo do meu corpo para se esconder (para falar a verdade ela até que tentou, mas fui rápido o bastante para puxá-la de volta ao meu corpo) nesse meio tempo apertei o gatilho errando o meu único tiro – vale lembra que atirei sem querer por impulso do medo – que tinha, não havia outra saída pensei rapidamente tirando o facão da cintura e cortei um feixe de madeira e com os cadarços dos meus sapados fiz como em um fechar de olhos uma arapuca e quando o leão se aproximará a uma distancia de poucos metros lancei sobre ele que ficou preso se debatendo lá dentro, tomado pelo impulso de sublime coragem tirei minha machadinha das costas e com um único golpe certeiro decepei a cabeça do corpo deste animal que antes de se entregar inteiramente a morte acertou-me o lho direito lançando-o fora da minha face. Quando levei a mão ao resto procurando estancar o rio de sangue de descia, (acredito ter perdido entre 20 a 30 litros de sangue, que se fosse uma pessoa normal certamente haveria entrado em óbito já que possui em média 4 a 6 litros) avistei um enorme cervo pronto a atacar-me, quando já ia me chifrar, virei de lado e o animal cravou seus chifres na samaúna e fica esperneando, aproveitando os cadarços dos quais fiz a arapuca amarro os pés do animal e usando da minha inteligência faço um corte na samaúna de maneira a furar de um lado ao outro (vale lembra que esta arvores deveria ter uns 50 metros de diâmetro e que esta ação me tomou bastante tempo), solto os pés do cervo de dou nele de chicote forçando passar por dentro do buraco que abri na arvore de uma forma que o animal passa e seu couro fica.
Após o acontecido meu pai chega com os meus tios apenas para ajudar-me a carrega o leão e o couro do cervo.
Por conta deste terrível acidente fui forçado a usar um olho de vidro.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

ESTA APAIXONADO

Oh medo que aflige meu ser!
Este desejo insaciável.
esta batalha incansável
com o meu coração
mesmo sabendo que irei perder.
Que por fim irei me render,
ao brilho deste do teu sorriso.
pois sem teus beijos doces já não vivo.
e sigo amando você.

MEUS SONHOS, MEU AMOR

Minha rosa ternura
Rubro teus olhos,
Encanto nas curvas desde corpo teu
Seu beijo tem gosto
Do mais doce dos maracujás
Sacia-me o mais puro desejo.
Os ventos que sopra seus lindos cabelos
Reluz de alegria quebrando o encanto
Do que era sonho,
Transformá-lo a em realidade.

DAS QUE...

Das que nunca me beijaram
Das que nunca beijei
Das que nunca me abraçaram
Das que nunca abracei.

Nem tantas são as que me amaram
Nem tantas foram as que amei

Porém as que me contraste
Das que jamais me beijaram
Das que jamais abracei
apenas tu nesta alma ficaste
Das que mais amei.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

INIMIGO QUASE MORTAL

Começou com uma simples brincadeira de bolinha de gude, apenas um ganhava, saltando altas gargalhadas mangando da cara do outro que já estava peidando de tanta raiva. Um dos garotos, que de fora observava toda trama. Resolveu jogar mais lenha na fogueira.
Abaixou fazendo dois riscos no chão dizendo:
- Esta aqui é a sua mãe e esta é a dele. A mãe de quem apagar primeiro morre. Quero ver quem vai apagar a de quem?
Paramos em frente um do outro esperando para ver quem seria o primeiro engraçadinho a tomar decisão. Ficamos ali imóveis por alguns minutos, olhando fundo no olho do outro eufórico para entrarem aos tapas.
- Vai apaga você, se tem coragem.
Não deu nem tempo de fechar a boca e um dos garotos tomando a decisão já passava o pé apagando o risco que seria a mãe do outro. Ambos saíram correndo um atrás do outro, alcançando foi aquele alvoroço até chegar às mães, com um chicote para bater nos dois.


CONSERTANDO O CASAMENTO

João Macarrão, casado com a filha de dona Ana Araujo, certa vez envolveu com uma moça mesmo sendo ele casado há quatro anos, uma moça muito mais jovem que a sua atual esposa, mais bela e acima de tudo carinhosa. Tudo começou por trocas de torpedos via celular, a cada instante um novo aviso, uma nova mensagem. Com o passar dos dias isso foi tornando cada vez mais constante e quando não acontecia o deixava bastante ansioso, então ele mesmo dava um jeito de enviar um torpedo para ela.

Seu relacionamento não andava bem e estava passando por algumas crises naquele exato momento, crise que qualquer casal passa, mas para ele estava sendo uma barra pesada e de certa maneiro isso o afetava muito e o deixava em duvida em quanto o seu casamento, a duvida não é uma coisa boa. Então João marcou um encontro com aquela jovem.

Por fim se encontraram as escondidas tomando todo cuidado possível, conforme haviam planejados. Trocaram uns bons amasso uma coisa de louco. O pior é que ele estava gostando de tudo aquilo, seus olhos brilhavam e ambos suavam muito. Ficaram ali por algumas horas abraçadas, trocando beijos e conversando de como seria as suas vidas daquele momento em diante. Ele, um rapaz casado o que ela já sabia perfeitamente deixando que um sentimento passageiro o domasse invadindo seu intimo. Despediram-se com um sorriso escancarado no rosto e com a idéia fixa de se encontrarem novamente.

Ao chegar à primeira esquina seu celular toca, era a esposa indagando-o por onde havia andado, João sentiu um tremendo aperto no coração, uma onda de arrependimento invadir seu coração e o peso da consciência. No mesmo momento pegou o celular e envia um torpedo para sua futura “amante” dizendo que estava agindo errado indo de desencontro aos ensinamentos de Deus que não queria mais vê-la daquele momento em diante iria honra seu juramento diante o altar com a sua mulher, sendo assim não iria mais levar isso adiante que tudo deveria ser terminado, seria bom isso acontecer agora, pois mais na frente se continuasse levando isso adiante poderia sair um dos dois machucados. Ainda havia tempo de corrigir seus erros em relação ao seu relacionamento, havia cometido muitos erros, afinal ao casar fez uma promessa de viver unido na alegria, na dor e na tristeza. 

Que ele apenas aprendera a viver com a felicidade e com a alegria, esquecera de está presente no momento de dor e de tristeza quando sua esposa mais precisava. 


O BACULEJO

Mauricio e Antonio, dois bóias-frias, terminaram o trabalho e foram para a beira da estrada esperar o carro que os levaria de volta à cidade. No ponto de encontro, encontraram outros colegas de profissão. Jogaram suas bolsas no chão e sentaram em cima delas, ansiosos para que o tempo passasse mais rápido. De vez em quando, um deles se levantava para esticar as pernas.
 
De longe, perceberam que estavam sendo observados por um policial militar. Olhavam de relance, desviando o olhar para que o policial não notasse. Comentaram entre si, tranquilizando-se, pois não eram bandidos e não tinham motivo para ter medo.
 
O policial entrou na base e a tranquilidade voltou. De repente, quatro policiais fortemente armados saíram, parecendo prontos para enfrentar uma guerra. Todos ficaram aflitos, pois não estavam acostumados com aquela situação. Os policiais se aproximaram, mandando todos ficarem de pé e chamando-os de vagabundos e outros insultos. Um senhor e uma senhora, acompanhados de suas crianças, que também estavam ali, levantaram-se, mas os policiais pediram para que se sentassem, pois não era com eles.
 
Os policiais exigiram que abríssemos as mochilas, nos tratando como suspeitos. Claro que éramos suspeitos, estávamos todos sujos e carregávamos mochilas velhas. Não adiantou dizer que éramos cidadãos, que estávamos trabalhando e que apenas esperávamos o carro que nos levaria de volta para casa. Abrimos as mochilas, revelando apenas roupas sujas. Mostramos nossos documentos e o dinheiro que tínhamos ganhado. Eles nos interrogaram sobre o dinheiro, questionando como o tínhamos conseguido.
 
Procuraram por registros policiais, os quais nunca tivemos. Enfim, o ônibus chegou e estávamos ali, ainda sendo abordados. O motorista parou, esperando por nós e nos pressionando a entrar: 'Vamos, senão irei deixar vocês aqui'. Pedimos aos policiais, com todo o desespero, que nos deixassem ir embora, implorando pelo amor de Deus, explicando que não éramos vagabundos nem traficantes. Eles sorriram e nos liberaram.